quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O melhor do primeiro dia de Fashion Rio!

Voltei em boa hora... O calendário nacional da Moda teve seu início ontem com o Fashion Rio e eu aproveito para retomar meus trabalhos de blogueira tecendo comentários e críticas sobre os desfiles.

A abertura do evento ficou por conta do nosso estilista mais festejado e admirado ao redor do mundo: Alexandre Herchcovitch.

Como sabemos de antemão, o estilista desfila no Rio sua coleção comercial, abusando do jeanswear e das estampas de caveira, que são sua marca registrada.





Os saudosos anos 80 foram a inspiração. Peças estruturadas em jeans, padronagens camufladas com variações de cores, renda e estampas localizadas de caveira resumem o que se viu na tarde de ontem no Pier Mauá.
Adoro as luvinhas bicolores em couro, a saia de renda com o blazer estruturado e o vestido de sarja que é a tradução perfeita da inspiração anos 80. Acredito, no entanto, que a coleção não empolgou. É claro que sempre esperamos algo mais de Alexandre, mas, desta vez, acho que deixou a desejar. Tudo o que foi apresentado é bem batido e me remete a marcas como Colcci e Triton. Gosto muito do Alexandre, mas senti falta do brilho de sua coleção comercial.

O desfile que o sucedeu, entretanto, trouxe frescor e novidade à passarela. A Acquastudio mostrou todo o seu potencial, apresentando uma linda paleta de cores, na qual as cores invernais são pinceladas com cores pastel, dentre as quais eu destaco o verde água.









Como ficou claramente demonstrado no desfile, a inspiração da estilista Esther Bauman foram os anos 40 e 50. As saias de comprimento abaixo dos joelhos, as cinturas marcadas, as belas casquetes e voilletes e a organza como matéria-prima delimitaram muito bem a temática. Isso tudo foi revisitado e permeado por novidades super contemporâneas, como os tecidos cyber (um tipo de couro sintético) e as pellerines super estruturadas, em forma de gaiola. Adorei!!!  

O terceiro desfile do dia foi o da tradicional grife Patachou. Inspirada no orientalismo, em especial nos quimonos japoneses, a estilista Érika Frade apresentou uma coleção menos comercial nesta edição do Fashion Rio. Com muito jacquard e cetim de seda e faixas na cintura, a estilista procurou fugir do literal ao incorporar formas assimétricas e volumes deslocados. Considerando tratar-se da Patachou, houve uma considerável evolução!  




Alessa sempre vem para causar!!! Em meio à belíssima cenografia toda de tapetes orientais, os looks da coleção de inverno da Alessa demonstraram ser possível unir o colorido terroso das padronagens orientais com a infinita quantidade de cores da flora brasileira. Vale mencionar que, para criar as estampas orientais, a estilista utilizou fotografias de tapetes persas em alta resolução. A técnica de moulage foi muito bem utilizada nos vestidos, que trouxeram contemporaneidade à coleção.






A apoteose do dia 10 de janeiro ficou por conta da carioquíssima Cantão. O desfile começou gélido com o vestido branco de Carol Trentini arrematado pelas polainas caídas sobre lindas botas de amarrar. Casulo, metamorfose, transformações e conforto, segundo Lanza Manzza, são as palavras que sintetizam o conceito da coleção.

Com essa pegada relax, a Cantão apresentou uma coleção fácil de assimilar, super usável e invernal. As estampas artsy e o tradicional xadrez marcaram forte presença.

Acredito, no entanto, que alguns dos shapes foram exageradamente "inspirados" na Osklen... Sem falar nos tricôs de patchwork, que, na minha opinião, são cópias literais de algumas peças do inverno 2011 da Amapô...






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